Após encontro entre caminhoneiros e o governo federal, a categoria acertou uma trégua de 10 dias. O governo se comprometeu em estudar as propostas, mas não abre mão de baixar o óleo diesel.

Após 15 dias de paralisação, caminhoneiros autônomos e independentes de todo Brasil acertaram uma trégua até o dia 10 de março após acordo com o governo federal.

Desde segunda-feira, pelo menos 50 caminhoneiros, a maioria dos estados da região Sul, estacionaram os seus veículos no Estádio Mané Garrincha em protesto contra o governo, que se negava a receber os representantes da categoria.

Entre as medidas que foram entregues ao ministro da secretaria-geral da presidência da república, Miguel Rossetto, está a criação de uma tabela mínima de frete, abertura de linha de crédito especial para o transportador autônomo de cargas no limite de R$ 50 mil, carência de 12 meses para o pagamento de parcelas de financiamento do Pro Caminhoneiro, criação de um fórum permanente de debates entre a categoria e o governo federal, além do perdão das multas e notificações durante o período da greve.

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC), que foi um dos interlocutores entre o governo federal e os caminhoneiros durante todo esse tempo, parabenizou o encontro, mas criticou a postura do governo em não baixar o óleo diesel. “O governo não consegue entender a realidade financeira dos caminhoneiros. O compromisso da Petrobras de congelar por seis meses o preço do combustível vai empurrar o problema com a barriga e os caminhoneiros terão dificuldades novamente”, alertou o parlamentar.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República disse que todas as demandas da categoria serão estudadas e uma nova reunião deve ser marcada na semana que vem.