Relator da CPMI do endividamento agrícola, Colatto recebe homenagem na Expointer

Relator da CPMI do endividamento agrícola, Colatto recebe homenagem na Expointer
Relator da CPMI do endividamento agrícola, Colatto recebe homenagem na Expointer

Santa Catarina 1/9/2015 – Na Expointer, em Esteio (RS), o deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) participou de homenagem pelo trabalho realizado na CPMI do Endividamento Agrícola que marcou história e fez justiça quando denunciou a dívida ilegal dos agricultores junto ao sistema financeiro na década de 90.

O painel “Ação do Plano Collor Rural” foi realizado nesta segunda-feira (31/8) promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos da Atividade Rural (IEJUR), na Casa da RBS, no Parque de Exposições Assis Brasil, onde acontece a maior feira agropecuária da América Latina. O deputado federal catarinense Valdir Colatto atuou como relator da CPMI. Do painel sobre o tema e homenagem, participaram também o presidente do Iejur, Ricardo Alfonsin, advogado que representou as entidades ligadas a agricultura na ação; o ex-deputado federal Victor Faccioni e o subprocurador-geral da República que propôs a Ação Civil Pública, José Eleares Teixeira. Prestigiaram o evento o ministro aposentado do Supremo Tribunal de Justiça, Ruy Rosado de Aguiar Junior, que votou sobre o tema no STJ na época e o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Junqueira.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Endividamento Agrícola foi instalada no ano de 1993 no Congresso Nacional para investigar as causas do endividamento do setor agrícola, o elevado custo dos seus financiamentos e as condições de importação de alimentos entre os anos de 1990 e 1993.

Em sua fala, Colatto lembrou que a correção de injustiças foi o resultado do trabalho da CPMI, que trouxe mudanças significativas na área rural para os dias de hoje. “A inadimplência rural que historicamente era de 2% saltou para 40% e o agricultor passou a dever absurdamente”, lembrou o parlamentar.

A CPMI conclui que o endividamento da agricultura acorreu devido aos altos custos dos empréstimos contraídos junto ao sistema financeiro, pelas dívidas com fornecedores de insumos e prestadores de serviços, pela drástica redução do volume de recursos para o crédito rural e pela elevação violenta de seus custos.

A ação coletiva foi inédita pelo Ministério Público que passou a acompanhar as reuniões no Congresso Nacional sobre o tema e os membros da CPMI a ouvirem o relato desesperador dos produtores, muitos de suicídios por não suportarem a inadimplência que haviam absorvido junto aos bancos.