CPI da Funai e Incra denuncia extração de nióbio e plantação de coca na Amazônia

CPI da Funai e Incra denuncia extração de nióbio e plantação de coca na Amazônia
CPI da Funai e Incra denuncia extração de nióbio e plantação de coca na Amazônia

Na CPI da Funai e Incra, general do Exército na Amazônia denuncia excesso de reservas indígenas em vulnerabilidade

Brasília 9/6/2016 – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ouviu, nesta semana, o general de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. O sub-relator da CPI, o deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) é o autor do requerimento.

Colatto explica que a região Amazônica “é uma das áreas mais sensíveis nos questionamentos desta comissão”.

O general de Exército Guilherme Theophilo exerceu o cargo de comandante militar da Amazônia durante dois anos, até abril deste ano, além de outras funções naquela região. Durante o depoimento, o general criticou o excesso de áreas de reservas indígenas e que o estado não consegue atender à população com saúde e educação. “Roraima, por exemplo, não sobreviveria economicamente se aumentasse o número de terras indígenas. Não basta apenas criar área indígena, é preciso dar estrutura também”, disse.

Fronteiras

O general também denunciou a falta de controle nas fronteiras do Brasil. Disse que há pelo menos 10 mil hectares plantados de folha de coca (planta a partir da qual a cocaína é extraída) na Amazônia. Além disso, o comandante militar disse que minérios são extraídos e levados do Brasil sem nenhum tipo de fiscalização, como o nióbio. Atualmente o minério é empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade e bens eletrônicos.

“98% das reservas de nióbio conhecidas no mundo estão no Brasil. É grave essa denúncia desse minério saindo do Brasil pelas fronteiras sem nenhum tipo de fiscalização. Mais grave ainda é a quantidade de cocaína que está circulando nessa região”, afirma Colatto.