Colatto participa de audiência com coordenador da Operação Lava Jato

Colatto participa de audiência com coordenador da Operação Lava Jato
Colatto participa de audiência com coordenador da Operação Lava Jato

Brasília, 10/8/2016 – A Comissão Especial de Combate à Corrupção, que analisa o Projeto de Lei 4850/2016, recebeu, nesta semana, na Câmara dos Deputados, o procurador da República da 2ª Vara Federal Criminal no Paraná, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato que investiga crimes de corrupção na Petrobras.

O deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), que é membro titular da comissão, cumprimentou e parabenizou o procurador pelo trabalho. Além disso, questionou o porquê de o Brasil ter tantos órgãos de fiscalização e, ainda sim, ser tão difícil a punição dos que comentem crimes. Como resposta o procurador Dallagnol disse que é preciso endurecer as leis para o que infrator acredite na punição e colabore com a justiça.

O procurador ainda disse que há impunidade em 97% dos casos de crimes de corrupção no Brasil. Segundo ele, a probabilidade de punição é de apenas 3%, conforme mostra estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Dallagnol defendeu que a pena mínima para a corrupção seja de quatro anos (e não de dois anos, como hoje), para que não haja a possibilidade de ela ser trocada por prestação de serviços à comunidade.

Também defendeu que, a partir de R$ 80 mil, a corrupção se torne crime hediondo, para não haver, por exemplo, possibilidade de perdão após cumprimento de 1/4 da pena. Além disso, pediu a criminalização do chamado caixa-dois, com pena de prisão de quatro a cinco anos. Essas medidas estão previstas no Projeto de Lei 4850.

A audiência durou quase seis horas. O relator do Projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), destacou que 96 pessoas foram listadas para serem ouvidas pela comissão, incluindo críticos à proposta. Segundo ele, haverá audiências públicas até o início de outubro e acredita que o Projeto de Lei seja votado pela Câmara até novembro.

Na semana passada, Colatto também participou de audiência com juiz federal Sérgio Moro. O magistrado defendeu o fim do foro privilegiado, que garante a autoridades julgamento em tribunais superiores. Na visão dele esse princípio “fere a ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais”.

Medidas contra a corrupção

A comissão foi criada para debater as 10 medidas de combate à corrupção apoiadas pelo Ministério Público. As propostas receberam mais de 2 milhões de assinaturas de apoio da população