Colatto é contra mudança do nome do Ministério da Agricultura

Colatto é contra mudança do nome do Ministério da Agricultura

Dentre pontos a serem analisados, o parlamentar aponta a burocracia

Nos últimos dias, notícias veiculadas pela imprensa nacional deram destaque para a possibilidade de mudança do nome do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para Ministério do Alimento e Desenvolvimento Rural. O deputado federal Valdir Colatto (MDB-SC), presidente da Frente Parlamentar da Desburocratização, é contra a mudança e elencou pontos fundamentais que precisam ser analisados antes que uma decisão seja tomada, destacando a burocracia como um dos principais transtornos.

Colatto destacou que é preciso analisar pontos como o fato do Ministério ser uma instituição mundial, ter um patrimônio físico extenso além de acarretar na necessidade de mudança de incontáveis materiais impressos e embalagens dos produtos agropecuários, por exemplo.

Confira a íntegra da manifestação enviada pelo deputado Colatto aos líderes da equipe de transição, como a futura ministra Tereza Cristina e o futuro ministro Ônyx Lorenzoni:

“Preciso manifestar minha profunda preocupação, reflexão e necessária cautela, com a notícia veiculada na imprensa sobre a mudança do nome do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA, para outra denominação. Se procedente, acredito que temos muitos pontos fundamentais a analisar antes da decisão final:

1) O MAPA é uma instituição mundial, com sua marca vinculada em incontáveis documentos, acordos, tratados, convênios etc. nacionais e internacionais.
2) Tem um patrimônio físico de móveis e imóveis, até sem controle real e desconhecido.
3) Possui registro de um patrimônio histórico, memorial, intelectual e referencial que nãotem preço, tem valor incalculável.
4) Detém um quadro de servidores e ex-servidores espalhados por todo o país, e até no mundo (adidos agrícolas), vinculados e documentados como colaboradores do MAPA.
5) Tem o Sistema de Inspeção Federal (SIF) respeitado e reconhecido no mundo todo com acordos técnicos e tratativas complexas que na mudança do nome MAPA, com certeza, traráenormes dificuldades para nossas indústrias, produtores e na exportação dos produtos agropecuários.
6) Será inimaginável o custo de mudança do nome em material impresso, nos programas do mundo TI e equipamentos, na identificação patrimonial dos bens móveis, veículos e outros.
7) Provocará dificuldades e custos para as indústrias em adequar novas embalagens, inutilizar as existentes e documentos impressos e contratados com estudos, projetos, designer gráfico etc
8) Qual será o custo da nova marca e aplicação em todos os patrimônios de móveis e imóveis do Ministério?
9) Como os parceiros comerciais e técnicos nacionais e internacionais irão receber estes impactos? Há alguma consulta ou pesquisa neste sentido?

Essas são algumas argumentações e perguntas que faço e certamente outras tantas terão, como por exemplo, a burocracia que provocará, as quais gostaria de levantar para maiores aprofundamentos críticos e análise superior de quem de direito tem a responsabilidade das tomada de decisão, pois, salvo melhor juízo, será de fundamental importância para o futuro da agropecuária brasileira.

Respeitosamente,

Eng. Agr. Valdir Colatto
Deputado Federal/SC”