Em mais uma reunião, Governo não apresenta soluções.
Brasília, 22 de abril de 2015 – Caminhoneiros de todo o Brasil anunciaram uma nova paralisação nacional, depois de mais uma reunião com o Governo para tentar resolver o impasse que culminou na paralisação nacional de fevereiro. O deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC) esteve presente e lamentou o posicionamento apresentado pelo ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, em não atender as reivindicações pela elaboração de uma tabela referencial de fretes nem a redução do preço do óleo diesel.
Além do ministro Miguel Rossetto, a reunião, realizada na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta tarde, contou com a presença também do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e de cerca de 200 representantes de caminhoneiros, embarcadores e transportadores do país.
O discurso do governo restringiu-se à apresentação de um balanço das conquistas já garantidas pela Lei 13.103/2015 – a Nova Lei dos Caminhoneiros -, por resoluções e decretos publicados nos últimos dias. O posicionamento causou revolta e o anúncio de greve foi feito logo após o término do pronunciamento do ministro Rossetto.
Preocupado com os prejuízos gerados por uma nova paralisação nacional, o deputado Colatto está buscando soluções legislativas para o problema. Dentre as ações propostas, o parlamentar é autor da emenda 16 à Medida Provisória (MP) 670/2015, que isenta o óleo diesel de PIS e Cofins. “Entendo que a greve dos caminhoneiros tem que ser em Brasília e não nos Estados. É aqui em Brasília que as decisões são tomadas e onde tem que existir a pressão. Lá nos estados, quem paga a conta é a agricultura, o setor produtivo. Estamos lutando ainda para anular as multas aplicadas durante a paralisação de fevereiro”, acrescentou.
Buscando reunir forças para auxiliar a negociação com os caminhoneiros e evitar uma nova greve, o deputado Colatto esteve também com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. “Estamos levando nossa preocupação e recorrendo a quem pode ajudar a resolver essa situação. A ministra prometeu intervir”, acrescentou. Além disso, Colatto está envolvendo também os senadores na busca de soluções junto ao Governo.